11 de setembro: valadarenses relembram pânico no dia do ataque às Torres Gêmeas 5t534m

O impacto causado pelos estragos da tragédia, há 19 anos, deixou marcas e traumas nos brasileiros que vivem nos Estados Unidos até hoje e3z2l

Nesta sexta-feira, 11 de setembro, completam-se 19 anos do atentado terrorista mais famoso da história dos Estados Unidos, cometido pelo grupo criminoso Al-Qaeda, na cidade de Nova Iorque (NY). Na data, um grupo de fundamentalistas islâmicos, liderado, na época, por Osama Bin Laden, sequestrou aviões comerciais e os lançou contra os prédios do World Trade Center, ou, como são conhecidos no Brasil, as Torres Gêmeas. O prédio do Pentágono, na capital americana, Washington DC, também foi alvo do ataque. 4k6d3f

O atentado deixou cerca de 3 mil pessoas mortas, incluindo os 19 terroristas, e mais de 6.200 feridos. O mundo inteiro ficou, além de comovido com a situação, preocupado com a possibilidade de familiares estarem trabalhando ou eando em algum dos prédios no dia. O local era frequentado por cerca de 20 mil pessoas simultaneamente. E em Valadares não seria diferente.

Os dados de 2010 apontavam que cerca de 8.800 valadarenses estavam no exterior, sendo a maior parte deles em solo americano. Os familiares que estavam aqui na cidade começaram a se preocupar cada vez mais, ao acompanhar os noticiários sobre o número de mortos. Afinal, um parente poderia estar no prédio ou perto quando ocorreu o atentado.

Relatos da tragédia 5e4d6i

A auxiliar de escritório valadarense Denie Fróis, de 49 anos, mora na terra do Tio Sam há 22 anos. Ela lembrou que na época morava em Harrison, estado de Nova Jérsei (NJ). Apesar de não estar no mesmo estado, Denie morava bem perto das Torres Gêmeas, porque os estados de NY e NJ são separados por uma ponte. Da cidade em que ela morava até o local do atentado são cerca de 30 minutos de trem.

Denie contou que no dia do atentado ela estava chegando ao escritório em que trabalhava, em Nova Jérsei, quando aconteceu o ataque. Segundo a valadarense, todos ficaram em choque com a situação. Nas ruas, as pessoas estavam com medo e tentando se informar. Entretanto, pouco tempo depois do ocorrido, os sinais foram cortados e os telefones não funcionavam.

“Naquela manhã, por volta das 8h40, todo mundo ficou em choque. Ninguém sabia o que fazer. As pessoas estavam nas ruas com medo e procurando informações, mas o sinal e a internet pararam de funcionar. Então, não dava para falar com ninguém que estava em Nova Iorque, nem no Brasil. Eu tinha parentes e amigos que trabalhavam em Manhattan e no Brooklyn e não consegui fazer contato com eles na hora, tudo parou de funcionar. Só conseguimos falar com quem estava do outro lado da ponte (em NY) depois das 22h30 daquele dia, porque as pessoas começaram a atravessar o rio de barco. Também foi quando avisei minha família em Valadares que estava bem.”

Denie Fróis, emigrante valadarense
Valadarense vive o sonho americano há 22 anos e presenciou de perto o atentado ao World Trade Center

De acordo com Denie, do local onde ela estava, em Harrisson-NY, dava para ver a fumaça das torres, que estavam a mais 16 quilômetros de distância quando elas desabaram: “Assim que a primeira torre caiu, conseguíamos ver de Nova Jérsei a fumaça das torres, mesmo de tão longe. Foi um caos”, lembrou a auxiliar istrativa.

Por fim, a valadarense lembrou que o o a Nova Iorque ficou muito depois do atentado. As pessoas sempre eram vistoriadas ao entrar no estado, o que também dificultou a vida de brasileiros na região: “Na época eu fazia um curso de inglês em Manhattan-NY, mas tive que cancelar, porque o o era muito na cidade e eu achei um risco desnecessário. Isso dificultou muito a vida para os imigrantes, tanto legais quanto ilegais, porque deixou todo mundo com muito medo. Eu lembro que, no feriado de 4 de julho do ano seguinte (2002), poucas pessoas tiveram coragem de ir a Manhattan para assistir aos fogos, por medo de ocorrer outro ataque em uma grande aglomeração.”

Denie e a filha em frente ao rio Hudson. Ao fundo, a bela vista de Nova Iorque

Outra valadarense que também vive nos Estados Unidos, esta há 29 anos, é a comerciante de metais preciosos e moedas antigas Iany Helgran, de 56 anos. Entretanto, na época do ataque, ela morava em Boca Raton, no estado da Flórida. Iany contou que quando ela e os outros brasileiros da comunidade receberam a notícia, todos tiveram em choque. Nesse momento, todos começaram a receber telefonemas dos familiares no Brasil, porque os atentados aconteceram também em outros estados norte-americanos.

“Foi um dia muito tenso para todo mundo. Todas as ruas de Boca Raton ficaram vazias, porque as pessoas estavam acompanhando as notícias em casa, pela TV. Assim que aconteceu, as famílias dos brasileiros começaram a ligar para saber como eles estavam, pois aconteceram outros atentados. Eu consegui telefonar para minha família em Valadares, avisei que estava tudo bem na Flórida, mas que a situação em Nova Iorque era muito crítica. Parecia algo inimaginável.”

Iany Helgran, emigrante valadarense
Iany Helgran

Por fim, a equipe do DRD conversou com a aposentada Elci Sales, de 80 anos. A aposentada, também valadarense, mas que hoje mora em Marabá-PA, disse que ficou muito aflita nesse dia, mesmo que estivesse em Governador Valadares. O motivo? Dois de seus quatro filhos estavam próximos ao local do ataque.

De acordo com Elci, na época, a filha mais nova dela morava em Danbury, que fica há pouco mais de 1 hora de distância de Nova Iorque, e outro filho dela morava em Boston, a cerca de 3 horas e meia.

“Eu estava em casa (Valadares) quando aconteceu (o atentado terrorista). Eu fiquei doida de preocupação com a (filha) e o Ailton (filho). Liguei várias vezes e não conseguia falar com eles, até que, depois de muitas tentativas, consegui falar com minha filha e ela disse que já tinha falado com o Ailton e ele estava em Boston e bem. Mas foi um sufoco, porque não conseguia falar com eles. Depois chegou a notícia do segundo avião e fiquei mais desesperada ainda. Graças a Deus, deu tudo certo.”

Elci Sales, aposentada
Elci Sales

O 11 de setembro está marcado para sempre na história norte-americana. E as feridas e os traumas causados há 19 anos atingiram não só a população estadunidense, mas todos os imigrantes, entre eles valadarenses, que estavam lá e sentiram na pele a experiência de ar por um atentado terrorista.

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