Um brasileiro, acusado de envolvimento na morte de 11 pessoas em seu país de origem, foi preso em Rye, New Hampshire, e agora enfrenta uma década de prisão e multas após confessar o crime de perjúrio em processos de imigração nos Estados Unidos. Antonio Vidal, ex-policial no Brasil, itiu ter mentido em seu pedido de asilo e em audiências de imigração, omitindo seu ado criminal. 486m
De acordo com promotores, Vidal nunca revelou que havia sido preso no Brasil em 2015, sob a acusação de participar do assassinato de 11 pessoas enquanto atuava como policial. Após ser liberado enquanto aguardava julgamento no Brasil, ele entrou nos Estados Unidos em 2018, onde viveu até ser detido em Rye, em 2023, durante uma operação em um canteiro de obras.
Agora, Vidal aguarda sentença, que deve ser anunciada em maio. Além da possível pena de 10 anos de prisão, ele pode ter que pagar centenas de dólares em multas. O caso chama atenção para as falhas nos processos de imigração e asilo, levantando questões sobre a verificação de antecedentes criminais de estrangeiros que buscam refúgio nos EUA.
A situação de Vidal também reacende o debate sobre a extradição de criminosos internacionais. Enquanto ele responde por perjúrio nos Estados Unidos, as acusações de homicídio no Brasil continuam pendentes, deixando em aberto a possibilidade de que ele seja enviado de volta ao seu país de origem para enfrentar as acusações mais graves.
ENTENDA O CASO NO BRASIL 5r5cm
Antônio José de Abreu Vidal Filho, sentenciado a 275 anos de prisão por sua participação na Chacina do Curió, no Ceará, foi capturado pela Interpol em New Hampshire, onde ele estava morando desde 2019.
O episódio de violência que ficou conhecido como a Chacina do Curió aconteceu em novembro de 2015, como retaliação ao falecimento de um agente de polícia. Nesse acontecimento, onze pessoas, incluindo adolescentes, foram assassinados em ações perpetradas por membros da polícia militar, em diferentes localidades da região de Curió, periferia de Fortaleza.
Antônio José de Abreu Vidal Filho e outros três coacusados foram condenados em sessão do Tribunal do Júri, presidida por um colegiado de juízes, a cumprir pena de 275 anos e 11 meses de reclusão cada, com regime inicialmente fechado. Esse caso notório é reconhecido como a “Chacina do Curió”.
