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BELO HORIZONTE – Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que o estado enfrenta um aumento preocupante nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Diante do cenário, o Governo de Minas decretou, nesta sexta-feira (2), situação de emergência em saúde pública por 180 dias. A medida permite a adoção imediata de ações para ampliar a capacidade de resposta do sistema de saúde, como contratações emergenciais e compra de insumos.
A decisão é mais um desdobramento do plano preventivo da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais para enfrentar as doenças respiratórias comuns do outono e inverno. “Desde outubro do ano ado, a SES-MG vem atuando com os municípios, capacitando equipes e produzindo materiais técnicos para garantir uma resposta eficiente”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
Criação do COE-Minas-SRAG e reforço nos leitos 5u2c23
Como parte da estratégia, o decreto estabelece a criação do Centro de Operações de Emergências em Saúde por SRAG (COE-Minas-SRAG), que ficará responsável pelo monitoramento e coordenação das ações estaduais durante o período de emergência.
Até o dia 26 de abril, Minas já havia registrado 26.817 internações e 397 mortes por SRAG em 2025. Crianças com menos de um ano e idosos acima de 60 anos são os grupos mais afetados.
Para dar e à rede hospitalar, o governo mineiro iniciou rees para hospitais que abrirem ou adaptarem leitos pediátricos para casos de SRAG. No Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte, por exemplo, já foram abertos 12 leitos semi-intensivos, com possibilidade de ampliação para 10 leitos de CTI pediátrico.
“Estamos preparados, mas sabemos que esse momento exige esforço contínuo. Seguimos em contato direto com os municípios e temos recursos disponíveis para ajudar nas regiões mais críticas”, acrescentou Baccheretti.
Monitoramento e vacinação 1m4e67
O Governo de Minas informou mantém ativa desde abril a Sala de Monitoramento de Vírus Respiratórios, que acompanha em tempo real a circulação dos principais vírus respiratórios no estado. O Comitê Estadual de Vírus Respiratórios, que se reúne quinzenalmente, poderá intensificar seus encontros a depender da evolução dos casos.
A vacinação contra a influenza segue em curso e foi ampliada desde 26 de abril para toda a população acima de seis meses. A meta é atingir 90% de cobertura vacinal. O estado já distribuiu 5,7 milhões de doses e conta com 222 vacimóveis, vans adaptadas como salas de vacinação móveis, para alcançar diferentes comunidades.
“Temos vacinas eficazes para a maioria das doenças respiratórias, como influenza e covid-19. A única exceção é o vírus sincicial, que ainda não tem vacina disponível, mas é justamente um dos mais perigosos para bebês pequenos”, explicou Baccheretti. Ele ainda reforçou a importância de medidas preventivas: “Em caso de sintomas, evite o contato com outras crianças. Isso ajuda a conter a transmissão”.