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GRITO DE CARNAVAL 2 – PICOLÉ DE CERVEJA? 333q6p

por Darlan Corrêa Dias

Caro leitor, daqui a quatro dias começa a “ofegante epidemia chamada carnaval”! Milhares de jovens vão se divertir em nossas ruas correndo atrás de blocos. Em Ouro Preto, Diamantina, Belo Horizonte e até em nossas ruas, tristemente cobertas pela poeira tóxica. 3g65l

Na contramão do discurso oficial, milhares de jovens vão se amar – a grande maioria sem prevenir gravidez e ISTs. Um dos principais fatores de não se prevenirem é o uso/abuso de álcool. Preocupada com o consumo exagerado de álcool por adolescentes e até mesmo crianças, a Sociedade Brasileira de Pediatria emitiu uma Nota de Alerta em janeiro, chamada: “Consumo de produtos com álcool por crianças e adolescentes: sol, mar, carnaval e muito cuidado”. A coluna de hoje repercute e reforça essa preocupação.

Já disse aqui, algumas vezes, que a sociedade brasileira é permissiva em relação ao álcool. Algumas pesquisas mostram que nossos jovens estão tendo contato com bebidas alcoólicas entre 10 e 12 anos. Mas as pessoas preferem não enxergar.

Falamos de uma faixa etária que valoriza o grupo e se deixa influenciar facilmente, tornando-a susceptível à experimentação, uso e abuso de substâncias psicoativas.

A propaganda glamuriza a bebida alcoólica, os ritmos mais populares [que mais tocam no carnaval] sugerem que beber é quase obrigatório. Algumas famílias acham que beber não tem problema, ignorando as consequências da exposição precoce ao álcool para o cérebro.

Em janeiro, uma empresa anunciou que vai lançar, no carnaval, um picolé sabor cerveja. Na verdade existe o sacolé (chuk na nossa região) de pinga, há muito tempo. Esse tipo de produto é muito consumido no carnaval. Cidades quentes, clima de folia e permissividade… O problema é que, no tumulto do carnaval, quem vai fiscalizar a idade dos consumidores? Quantos adolescentes vão “se lambuzar” com o tal picolé? Quantos vão ter intoxicação alcoólica e até entrar em coma? Quantas brigas e acidentes de trânsito?

Já listei aqui os malefícios do uso do álcool em idade tão precoce. Não vou repetir o sermão!

Mas tenho que reforçar o alerta: ADOLESCENTES QUE ABUSAM DE ÁLCOOL DESDE MUITO CEDO (QUINZE ANOS PARA BAIXO), TÊM QUATRO VEZES MAIS CHANCES DE SE TORNAREM DEPENDENTES QUÍMICOS DE ÁLCOOL.

No ano ado, tive uma paciente abusada sexualmente num bloco de rua. Ela entrou em grave depressão após o evento. Duas pacientes minhas sofreram tentativa de abuso, tendo seus copos de cerveja adulterados com medicação. Nos três eventos, o uso de bebida alcoólica foi preponderante.

Isso sem contar a gravidez e a transmissão de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), que eclodem no Reinado de Momo!

Claro, caro leitor, que isso ocorre desde os tempos de Chiquinha Gonzaga… Mas nós médicos de adolescente e vocês, pais de adolescente, temos que fazer nossa parte! Concorda?

Essa coluna é quinzenal, se quiser fazer sugestão de tema ou tirar dúvidas, utilize o e-mail [email protected]

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