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O pensamento obsessivo-compulsivo 1h461c

FOTO: CreativeArte/Freepik
por Dr. Adão Leal (*)

Muitas vezes a pessoa fixa o pensamento em algo, quer parar de pensar naquilo e não consegue. Fica completamente perturbada por tais pensamentos e imagens, que am a dominar sua mente. Tais ideias causam ansiedade extrema, e a pessoa imagina que a única forma de parar com tais pensamentos é ceder aos impulsos estranhos que acontecem em seu cérebro. i5ih

Tais pensamentos continuam indo e vindo, importunando muito. O indivíduo sabe que está ocorrendo algo de errado com suas ideias e não consegue contê-las.

Normalmente uma pessoa tem uma infinidade de pensamentos diariamente, alguns inúteis e irracionais, outros racionais e produtivos. Em nossa rotina diária as ideias surgem em nossa mente de forma involuntária: imagens, nomes, palavras e coisas desprezíveis como aquela música que gruda no pensamento e fica na nossa cabeça ou os pensamentos negativos (“não consigo fazer isso”; “tenho de parar com isso”). Também acontecem os pensamentos mais estranhos que nos surpreendem pela condição indecorosa, repugnante e mórbida: se eu der um tapa na cabeça do meu médico ou daquele juiz? Se eu pular deste edifício? Se eu der um soco na cara daquele policial?

A maioria das pessoas conseguem deletar tais pensamentos, mas outros não. Os que não conseguem tirar as ideias excêntricas da cabeça podem ser consumidos por elas, levados à ansiedade exagerada e, consequentemente, à doença mental. Outros transformam tais pensamentos incomuns em Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC), onde acontecem pensamentos persistentes e inadequados.

No TOC, as pessoas não conseguem ignorar ou parar com os pensamentos inadequados e ficam demasiadamente ansiosas. Para diminuir a ansiedade enxergam como única saída fazer um comportamento compulsivo e daí chegam à compulsão. Juntas, as compulsões e as obsessões pioram mais as pessoas, roubando-lhes mais tempo de vivência saudável, trazendo mais sofrimentos e piorando acentuadamente sua qualidade de vida.

Portanto, o TOC é um transtorno mental grave. É considerada, segundo a OMS, a décima doença mais incapacitante em todo o mundo. Traz e leva sofrimento emocional pelos pensamentos estranhos e repetidos que acontecem. As vítimas de TOC (incapacitantes) podem gastar em média 8 horas por dia nas obsessões, cinco horas por dia nas compulsões e deixam dominar suas mentes por dias, semanas, meses e até anos.

O TOC é três vezes mais comum que o autismo e a esquizofrenia. Impacta em muito a qualidade de vida das pessoas. Suas vítimas por falta de insight levam anos para reconhecê-la como doença mental e ficam anos (dez anos ou mais) para procurar uma ajuda psiquiátrica.


(*) Dr. Adão Leal – Médico Psiquiatra da Associação Brasileira de Psiquiatria e Psicogeriatra pelo PROTER (Instituto de Psiquiatria da USP).

As opiniões emitidas nos artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores por não representarem necessariamente a opinião do jornal.

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