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SÃO PEDRO DO SUAÇUÍ – A morte brutal da menina Yara Caroline, de apenas 10 anos, causou comoção e revolta na cidade de São Pedro Suaçuí, no Vale do Rio Doce. O crime gerou protestos em frente à delegacia, com moradores exigindo justiça e punição rigorosa ao responsável. Segundo a Polícia Civil, o investigado, um homem de 56 anos, confessou o crime e deu detalhes da ocultação do corpo. A criança estava desaparecida desde o dia 4 de fevereiro e o corpo foi encontrado no último sábado (8), na cachoeira Pele de Gato, em São Pedro do Suaçuí.
Em depoimento à Polícia Civil, o homem disse que na noite do desaparecimento, Yara Caroline entrou no carro, por volta das 21h30. O homem teria oferecido uma pizza e 50 reais para atrair a criança. Posteriormente, o corpo da menina foi encontrado em uma área isolada, enrolado em um lençol branco e vestindo as mesmas roupas que usava no momento do desaparecimento. O cadáver estava a aproximadamente 70 km do local do crime e o reconhecimento foi feito pela própria família.
A Polícia Civil, no último sábado (8), encaminhou a perícia oficial ao local onde o corpo foi encontrado, na zona rural de São Pedro do Suaçuí, para realizar os primeiros levantamentos e coletar elementos que subsidiarão a investigação. O corpo foi encaminhado ao Posto Médico-legal para exames de necropsia e identificação formal. Após os procedimentos, a vítima foi identificada pela família como a criança de 10 anos que estava desaparecida desde a última terça-feira (4).
A Polícia Civil destaca que todas as diligências para elucidar o caso estão em andamento, e outras informações serão divulgadas em momento oportuno.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o caso evoluiu de um desaparecimento para um homicídio após a confirmação da identidade da vítima. Durante as investigações, os policiais realizaram buscas em cinco localidades: São José do Jacuri, São Pedro do Suaçuí, Santa Maria e Água Boa. Foram identificados dois veículos suspeitos de terem sido utilizados no crime.
Durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (10), a Polícia Civil confirmou que o suspeito fez uma confissão formal, detalhando como o crime ocorreu e como tentou ocultar o cadáver. A motivação alegada é considerada frágil, e o homem afirmou ter convidado a criança para comer pizza com segundas intenções. Segundo a polícia, o investigado já teve um relacionamento anterior com a mãe da vítima, o que pode ter levado a menina a confiar nele.
No entanto, por causa do avançado estado de decomposição do corpo, não foi possível confirmar se houve abuso sexual. A Polícia Civil solicitou a prisão temporária do investigado para garantir o prosseguimento das investigações e preservar a ordem pública.
A revolta da comunidade de Água Boa se materializou em protestos em frente à delegacia, com gritos e cobranças por justiça. Os moradores manifestaram indignação diante da brutalidade do crime e pediram agilidade no julgamento e na condenação do responsável. O homem se encontra preso no sistema penitenciário de Guanhães.