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GOVERNADOR VALADARES – Nesta quarta-feira (5), a Igreja Católica deu início ao período litúrgico da Quaresma, um tempo sagrado de reflexão, penitência e preparação para a celebração da Páscoa. Com duração de 40 dias, a Quaresma se estende até a Quinta-feira Santa, quando o cristão se volta, de maneira profunda, para a fé, o arrependimento e a renovação espiritual. Este período convida os fiéis a um retiro espiritual, centrado na Palavra de Deus e guiado pela inspiração do Espírito Santo.
A Quaresma tem sua origem nos primeiros séculos do Cristianismo, quando a Igreja estabeleceu um período de preparação para a Páscoa, com foco na penitência e na reflexão sobre a morte e ressurreição de Cristo. A escolha dos 40 dias faz referência ao tempo que Jesus ou no deserto, onde foi tentado e se preparou para sua missão redentora. Esse período, marcado por práticas como o jejum, oração e esmola, é um momento de autoconhecimento e de reconciliação com Deus.
Em 2025, o período da Quaresma vai até o dia 17 de abril, antecedendo a celebração da Quinta-feira Santa. Após esse período, a Igreja celebra o Tríduo Pascal, composto pela Sexta-feira Santa, o Sábado de Aleluia e o Domingo de Páscoa. Para este ano, o Papa Francisco propôs o lema “Peregrinos da Esperança”, convidando os fiéis a refletirem sobre a fé, o arrependimento e a renovação espiritual, elementos fundamentais para se preparar para a Páscoa. A prática de penitências como o jejum, as obras de caridade e a oração são orientações para vivenciar de forma plena esse tempo sagrado.
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Dom Félix, Bispo Diocesano, em sua mensagem para este período, destacou a importância da Quaresma como tempo de conversão e santificação. “A espiritualidade quaresmal nos coloca diante da verdade do amor de Deus por nós, que entregou o próprio Filho para nos salvar. É uma espiritualidade do amor, que nos convoca para vivência concreta do amor. Logo, a Quaresma requer interioridade”, afirmou.
O bispo ressaltou ainda a necessidade de viver a Quaresma não apenas como um cumprimento de práticas penitenciais, mas como uma verdadeira jornada do coração. O jejum, a oração e a esmola devem ser vividos de forma concreta, não apenas como abstinências, mas como formas de cultivar o amor e a solidariedade com o próximo. “Durante a Quaresma somos exortados a jejuar: a abster-se do alimento, a fazer a experiência da fome, e a encaminhar o resultado do jejum aos famintos; mas também é tempo de realizarmos o jejum da língua, da gula, da maldade, do rancor, da vingança, da indiferença, da luxúria, da ganância, do individualismo, do autoritarismo, da egolatria… Da mesma forma, somos exortados a praticar a caridade, não apenas dando esmola a quem nos pede, mas sendo solidários a quem sofre na miséria, na doença, no abandono”, completou.